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BRASILEIROS
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Getúlio Vargas 

Presidente da Republica Federativa do Brasil

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Getúlio Dorneles Vargas[nota 1] (São Borja, 19 de abril de 1882Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e político brasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo seu 13º e último presidente Washington Luís e impedindo a posse do presidente eleito em 1 de março de 1930, Júlio Prestes.

Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro de 15 anos ininterruptos, de 1930 a 1945, e dividiu-se em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório"; entre 1934 e 1937 governou o país como presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945, enquanto durou o Estado Novo[nota 2] implantado após um golpe de estado.

No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se matou.

Getúlio era chamado pelos seus simpatizantes de "o pai dos pobres", frase bíblica (livro de Jó-29:16)[1] e título criado pelo seu Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, enfatizando o fato de Getúlio ter criado muitas das leis sociais e trabalhistas brasileiras.

A sua doutrina e seu estilo político foram denominados de getulismo ou varguismo. Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados getulistas.

As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do povo o chamavam de "O Getúlio", e não de "Vargas".

Suicidou-se em 1954 com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Getúlio Vargas foi um dos mais controvertidos políticos brasileiros do século XX. Sua influência se estende até hoje. A sua herança política é invocada por pelo menos dois partidos políticos atuais: o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326.[2]

Notas

  1. A grafia original do nome do biografado, Getulio Dornelles Vargas, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns (Academia Brasileira de Letras - Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX).
  2. "Estado Novo" era o nome que António de Oliveira Salazar dera ao regime político instaurado, em Portugal, em 1933, e que só iria se encerrar em 1974.

Referências

  1. Na versão mais lida na época, a Vulgata: Pater eram pauperum, Vulgata tradução do Padre Matos Soares, -Eu era o pai dos pobres e na Vulgata tradução do Padre António Pereira de Figueiredo, -Eu era o pai dos pobres
  2. a b BRASIL. Lei nº 12.326, de 15 de setembro de 2010. Inscreve o nome de Getúlio Dornelles Vargas no Livro dos Heróis da Pátria.

Fonte: https://pt.wikipedia.org



 


General João Batista Mascarenhas de Morais

Comandante da Força Expedicionária Brasileira

Foto Ilustrativa

O Marechal João Batista Mascarenhas de Moraes, considerado como símbolo do soldado brasileiro, nasceu a 13 de novembro de 1883, na cidade de São Gabriel, Estado do Rio Grande do Sul e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de setembro de 1968.

Era filho de Lafaiete Appolinário de Moraes e de Manoela Mascarenhas de Moraes.

Contava apenas 10 anos de idade quando sua cidade foi abalada com a notícia do combate que se travou em suas proximidades, entre as tropas legalistas do Coronel Portugal e as revolucionárias do General Salgado e do Caudilho Gumercindo Saraiva, o que resultou na vitória das tropas revolucionárias e o massacre das tropas legalistas com inomável barbaridade.

O massacre das tropas legalistas abalou profundamente o espírito do pacífico e ordeiro povo de São Gabriel. Muitas famílias abandonaram a cidade e emigraram. Entre as famílias emigrantes, estava a de Appolinário de Moraes, bem sucedido comerciante, que abandonou tudo para se transferir para Porto Alegre.

Este acontecimento, como não podia deixar de ser, ficou gravado no espírito daquele menino de 10 anos de idade, tornando-o um fervoroso respeitador da ordem e das autoridades constituídas.

O seu pendor pela carreira militar, começou, como ele mesmo disse, na sua “infância deslumbrada pelo brilho das espadas e o vibrar dos clarins”.

Aos 14 anos, só em Porto Alegre, porque seus pais haviam retornado à São Gabriel, trabalhando e estudando, conseguiu ingressar na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. De lá, após a conclusão do curso, saiu para ingressar na Escola Militar do Brasil que também era conhecida por Escola da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.

Cursava o 3º ano quando explodiu a revolta por motivo da vacina obrigatória que, na opinião apaixonada dos exaltados positivistas, era um atentado à liberdade individual.

Influenciados pela força da propaganda contrária ao Presidente Rodrigues Alves movida pelo Correio da Manhã, os cadetes aderiram ao levante, menos o cadete Mascarenhas de Moraes, que apesar de muito jovem, teve a coragem para manifestar lealmente que “não cabia ao Exército e muito menos aos cadetes de Escola Militar, intervir pelas armas na direção política do país”.

Nessa atitude, sempre repetida, colocou sua vida profissional. Nunca, durante o transcorrer de sua longa carreira militar, participou de levantes armados com a finalidade de depor o governo constituído. Quando houve a famosa revolta comunista na Escola de Aviação, em 1935, o corpo de cadetes da Escola Militar de Realengo, marchou, sob seu comando, para combater os revoltosos. Foi a primeira vez na história militar brasileira que os cadetes do Exército saíram de seu quartel para defender a ordem e a legalidade.

Com o fechamento da Escola Militar, foi incluído no 23º Batalhão de Infantaria, como soldado, sendo pouco depois transferido para o 6º Batalhão de Artilharia de posição.

Reaberta a Escola, a ela regressou em 23 de agosto de 1905 e, depois de completar o curso e ser declarado ALFERES ALUNO, voltou ao 6º Batalhão de Artilharia e Posição. Promovido a 2º Tenente, foi mandado servir no 1º Regimento de Artilharia e Campanha, aquartelado em sua cidade natal, mas aos poucos nele permaneceu porque pouco depois, foi designado para integrar a Comissão Demarcadora do Limite com a Bolívia.

Em 1908, foi promovido a 1º Tenente e voltou ao Rio de Janeiro para completar, na Escola do realengo, o curso de Estado Maior e de Engenharia Militar. Em 1910, foi promovido a 1º Tenente e retornou à Comissão Demarcadora de Limites.

Em 1915, casou-se com ALDA RIBEIRO BRANDÃO. Em 1918, foi promovido a Capitão; em 1921, recebeu as estrelas de Major; Tenente Coronel em 1928; Coronel em 1921; General de Brigada em 1937 e de Divisão em 1942.

Comandava a 2ª Região Militar, quando a 10 de agosto de 1943, recebeu do então Ministro da Guerra, um rádio cifrado, em caráter “urgente”, consultando-o se aceitava o comando de uma das divisões que deveriam constituir o CORPO EXPEDICIONÁRIO. Horas depois, não em caráter “urgente”, mas “urgentíssimo”, enviou a seguinte resposta: MUITO HONRADO E COM SATISFAÇÃO RESPONDO AFIRMATIVAMENTE A CONSULTA DE V. EXCELÊNCIA, EM RÁDIO”.

Como Comandante da FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA na PENÍNSULA ITÁLICA, tinha a responsabilidade assumida com o Governo Brasileiro de Supremo Mandatário de nossa Força Expedicionária; as de orientar a tropa sob seu comando para o cumprimento da missão recebida e ao mesmo tempo responder perante o Comando Americano pela atuação da força sob seu comando.

Sua decisão de organizar, com as viaturas das Unidades da Artilharia um serviço de transporte, com a finalidade de dar maior movimentação à Divisão Brasileira e, conseqüentemente, meios para executar a manobra de “perseguição ao inimigo” com a rapidez que a situação impunha, ressalta a figura ímpar de chefe competente, honesto, humano e eficiente que era, porém modestamente, nenhuma iniciativa tomava sem antes obter o apoio do seu Estado maior.

Esta decisão do General Mascarenhas de Moraes, foi integralmente aprovada pelo General Cordeiro de Farias, Comandante da Artilharia Divisionária que em comovente prova de colaboração, determinou providências urgentes no sentido da organização do serviço de transporte.

A contribuição da ARTILHARIA no sentido de organizar, com suas viaturas, um “Serviço de Transporte” foi de significativa relevância. Os triunfos obtidos na última semana de abril, que redundaram no cerco das tropas alemãs em FORNOVO DI TARO e a prisão de toda uma Divisão de Infantaria Alemã, colocou em evidência a agressividade de nossa INFANTARIA e a eficiência das demais Armas e Serviços.

Inegavelmente, a F.E.B. teve um grande Comandante. Um Comandante que, corajosamente chamou a si todas as responsabilidades, mas ao terminar a Campanha, atribuiu as vitórias conseguidas a seus oficiais e soldados.

O Deputado Oscar Passos, em um discurso pronunciado na Câmara dos Deputados, no dia 2 de outubro de 1951, afirmou que “O MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES SIMBOLIZA O SOLDADO BRASILEIRO DE HOJE,COMO OSÓRIO E CAXIAS,SIMBOLIZARAM OS DE ONTEM.”

Terminada a guerra, regressou à Pátria e, em maio de 1946, pede sua transferência para a reserva, se despede do Exército. São estas as suas palavras:

 

“Por uma digna e clara compreensão de minha situação, após a guerra, no seio do Exercito, afasto-me voluntariamente de suas fileiras, depois de mais de 45 anos de serviços prestados com amor e maior dedicação. Faço-o com a consciência tranqüila de um dever cumprido até o sacrifício, sem reservas nem vacilações. E ao deixar a Classe em cujas fileiras vivi e lutei quase meio século, sinto-me satisfeito em declarar que me considero recompensado de todos os trabalhos, pela honra e privilégio que me couberam de exercer o Comando de uma parcela do Glorioso Exército Brasileiro na mais renhida e mais decisiva de todas as Guerras que se têm empenhado a humanidade, em defesa de sua civilização”.

 

Para um Soldado que somente viveu do Exército e para o Exército, ao Serviço do Brasil, não pode haver nem maior honra nem maior conforto”.

A 16 de setembro do mesmo ano (1946), foi recebido pela ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE, ocasião em que lhe foi concedida às honras de MARECHAL DO EXÉRCITO. A 12 de setembro de 1951, na Câmara dos Deputados, recebeu as insígnias do MARECHALATO, sendo revertido ao serviço ativo do Exército, em caráter vitalício, nos termos da Lei 1.488, de 10 do mesmo mês e ano.

No discurso que pronunciou, de agradecimento, naquela oportunidade, destacamos os seguintes trechos:

 

“Mercê, porém das qualidades excepcionais dos homens que constituíram a FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASIELIRA, na Europa, todos os empecilhos e dificuldades foram superados, e o seu Comandante, ao receber hoje esta homenagem, sente orgulho e satisfação em proclamar que divide, de coração e por incoercível sentimento de justiça, com todos os seus ex-comandados as momentos inolvidáveis que vivi nesta Casa do Congresso Nacional."

 

Tanto quanto me permite ver e sentir a razão humana, compreendo, entre desvanecido e cioso das responsabilidades, a verdadeira significação da Lei que fez retornar à atividade, no mais Alto Posto da Hierarquia Militar, aquele que comandou a FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA.

De fato, regressando ao país, num momento conturbado por paixões política de toda ordem e intensidade, geradas naturalmente pelo entre choque de idéias e aspirações que haviam ao mundo ao mais sangrentos dos conflitos humanos, nenhum elemento dessa Força se valeu da difícil Conjuntura Nacional para agravar problemas, dificultar a ação das autoridades constituídas ou beneficiar-se de situações duvidosas.

Posso proclamar hoje e com certo orgulho o faço, que foi irrepreensível, sob esse aspecto em particular o procedimento de todos os membros da FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA, individual e coletivamente, desde o mais graduado dos chefes ao mais humilde dos comandados”.

Seu último trabalho como Comandante de Força Expedicionária Brasileira, foi o repatriamento dos Mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Em suas “Memórias”, este notável brasileiro que tanto dignificou o Exército Nacional e a Pátria, declara:

 

“Minha obra de Comandante de FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA ficaria incompleta se eu não transladasse para o Brasil, os despojos dos que tombaram na Campanha da Itália. Eu os levei para o sacrifício; cabia-me trazê-los de volta para receber as honras e glórias de todos os brasileiros, em especial dos parentes, que mais de perto podem sentir a justiça e humanidade do Ato Governamental, mandando retornar à Pátria os restos mortais de seus Heróis”


Fonte: https://www.anvfeb.com.br


 


 

 GENERAL OSVALDO CORDEIRO DE FARIAS

COMANDANTE DA ARTILHARIA DIVISIONÁRIA

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Osvaldo Cordeiro de Farias (Jaguarão, 16 de agosto de 1901Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1981[1]) foi um militar, revolucionário e político brasileiro. Foi interventor federal (governador) do Rio Grande do Sul e governador eleito de Pernambuco. Esteve presente em todos os acontecimentos políticos do Brasil a partir de 1922 até 1966, quando se retira da vida pública.

Biografia

Filho de Joaquim Barbosa Cordeiro de Farias, militar que foi transferido para o Rio Grande do Sul para trabalhar na pacificação da Revolução Federalista e que lá permaneceu por alguns anos. Em 1906 com a transferência de seu pai para o Rio de Janeiro, foi lá matriculado no Colégio Militar, onde realizou todos seus estudos. Sentou praça aos 16 anos na 4a Companhia de Infantaria no Rio.

Em 1917 ingressou na Escola Militar do Realengo, sendo, dois anos depois, declarado oficial de artilharia. Seria ainda promovido, em sua carreira militar, segundo-tenente (1920), primeiro-tenente (1921), capitão (1930), major (1931), tenente-coronel (1933), coronel (1939) e general-de-brigada (1942). Cordeiro de Farias fez curso de observador aéreo na Escola de Aviação Militar, aperfeiçoamento de oficiais (1º lugar) na Escola de Armas, cursou a Escola Superior de Guerra; e estagiou na Escola do Estado Maior do Exército Americano.

Cordeiro de Farias participou das conspirações que precederam a deflagração do levante armado de julho de 1922 contra o governo federal, que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas. Fazia curso de observador aéreo na Escola de Aviação Militar e foi incumbido de fabricar bombas caseiras a serem atiradas dos aviões. Apesar de não ter participado diretamente dos combates, acabou sendo preso por três meses na Fortaleza São João no Rio de Janeiro. Em seguida, no mesmo ano, foi transferido sucessivamente para Santa Maria, Rio Pardo e São Gabriel.

Em outubro de 1924, participou do levante tenentista deflagrado em Uruguaiana, liderado por Honório Lemes. No mês seguinte, derrotado pelas forças de Flores da Cunha, recuou com 30 homens em direção à fronteira com a Argentina, onde acabou por se exilar. Lá conheceu outros tenentes revolucionários, João Alberto e Antônio de Siqueira Campos. Juntos se dirigem para o Rio de Janeiro, em seguida descendo ao Rio Grande do Sul, onde se juntou aos demais contingentes rebeldes do estado, reunidos sob a liderança de Luís Carlos Prestes e Miguel Costa.

Os rebeldes gaúchos acabariam se retirando para o estado do Paraná, onde se juntaram aos remanescentes do levante deflagrado no mês de julho, em São Paulo. Da unificação desses dois grupos nasceu a Coluna Prestes, exército rebelde que, sob o comando do militar gaúcho que lhe deu o nome, promoveu, nos dois anos seguintes, uma guerra de movimento pelo interior do país contra as tropas fiéis ao governo federal. O movimento chegou a transpor as fronteiras do Paraguai, após voltando a adentrar o território brasileiro. Cordeiro de Farias teve atuação destacada na Coluna, comandando um dos quatro destacamentos que a compunham.

Em fevereiro de 1927, já desgastados pela longa campanha e sem perspectivas de vitória, os líderes da Coluna resolveram encerrar aquela fase da luta e abandonaram o território brasileiro, internando-se na Bolívia. No ano seguinte, Cordeiro retornou ao Brasil clandestinamente e deu prosseguimento às atividades conspiratórias, tendo sido, então, preso. Por um erro da denúncia seu processo não foi enviado à São Gabriel, onde havia servido, mas sim à Uruguaiana, onde lutou com Honório Lemos, mas onde também não existia nenhuma acusação contra ele. Foi, portanto, absolvido pelo então Supremo Tribunal Militar. Regularizada sua situação, retornou ao Exército, ingressando no curso de engenharia do Instituto Geográfico Militar, sem deixar, contudo, de conspirar contra o governo.

Em 1930, participou do movimento revolucionário conhecida como Revolução Liberal, que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do novo presidente eleito, Júlio Prestes. Integrou, nessa ocasião, o comando da insurreição em Minas Gerais. Com a vitória do movimento e a posse do novo governo liderado por Getúlio Vargas, foi lotado no gabinete do ministro da Guerra, general Leite de Castro. Em maio de 1931, foi transferido para São Paulo, assumindo a chefia de polícia daquele estado. Permaneceu no cargo até junho do ano seguinte, um mês antes da deflagração do movimento constitucionalista pelas forças políticas tradicionais de São Paulo, que exigiam a reconstitucionalizaçào do país e a recuperação da autonomia estadual, com o afastamento dos tenentes que vinham exercendo influência na política paulista. Colaborou então no combate à insurreição e, no ano seguinte, voltou a ocupar a chefia de polícia do estado. No Estado Novo, foi, ainda, chefe do Estado-Maior da 5ª Região Militar, sediada em Curitiba.

Em 1935, de volta ao Rio de Janeiro, deu combate a Intentona Comunista, levante militar deflagrado por elementos de esquerda ligados à Aliança Nacional Libertadora e liderado pelo antigo comandante de Cordeiro de Farias, Prestes. Em 1937, foi transferido para o Rio Grande do Sul, onde assumiu a chefia do estado-maior da 3ª Região Militar, sediada em Porto Alegre, sob o comando do general Manuel de Cerqueira Daltro Filho. Participou, então, da campanha movida por Vargas para afastar o governador José Antônio Flores da Cunha, que acabou sendo substituído pelo comandante da 3ª Região Militar. Após a morte de Daltro Filho, Vargas nomeou Cordeiro de Farias como interventor federal no Rio Grande do Sul. Por estar no Rio de Janeiro, o cargo foi assumido interinamente por dois meses por Joaquim Maurício Cardoso, tendo Cordeiro de Farias assumido em 4 de março de 1938. Em sua administração, devido às tensões da Segunda Guerra Mundial, determinou que todas as escolas alemãs do estado se nacionalizassem.

Em 1942, chegou ao generalato. Em setembro do ano seguinte, deixou a interventoria gaúcha para integrar-se na Força Expedicionária Brasileira (FEB). Em setembro de 1944, viajou para a Itália, onde participou das principais batalhas em que a FEB esteve envolvida na Segunda Guerra Mundial.

A volta ao Brasil ocorreu em 1945, seguida de novas articulações políticas. Seu nome chegou, então, a ser cogitado como candidato a presidente da República. Em outubro daquele ano, participou do golpe militar que afastou Vargas do poder e extinguiu o Estado Novo. Participou do Governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, como adido militar à Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Em 1949, foi nomeado comandante da recém-criada Escola Superior de Guerra (ESG). Em maio de 1950, foi derrotado nas eleições para a diretoria do Clube Militar, em disputa marcada por forte conteúdo ideológico. Cordeiro representava a corrente que defendia a participação do capital estrangeiro na exploração do petróleo brasileiro, enquanto que a chapa vitoriosa, liderada por Newton Estillac Leal, representava os setores nacionalistas das Forças Armadas.

Deixou a ESG em agosto de 1952 para assumir o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Em 1954, foi apresentado como candidato de consenso ao Governo de Pernambuco, na coligação que envolvia PSD, PDC e PL. Fez um governo voltado para a assistência ao Sertão, para a construção de açudes e estradas. Ocupou o cargo entre 1955 e 1958, renunciando ao mandato um mês antes de sua conclusão para assumir a presidência da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que exerceu durante dois anos.

Em 1961, foi nomeado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) pelo presidente Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio, envolveu-se na conspiração que visava impedir aposse do vice-presidente, João Goulart, então em viagem à China. Jango tomou posse devido ao apoio da população e a Campanha da Legalidade, comandada em Porto Alegre por Leonel Brizola. Na ocasião, foi nomeado comandante do III Exército pelo Ministro da Guerra, Odílio Denys, em substituição ao General José Machado Lopes, que havia aderido à causa legalista. Não chegou a assumir este cargo.

Participou, ativamente, do golpe militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart. Novamente foi cogitado para presidente, o que não se concretizou uma vez que era considerado “político demais” por alguns setores do exército. No Governo de Castelo Branco, assumiu o Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, depois transformado em Ministério do Interior. Desempenhou essa função até junho de 1966, quando se retirou da vida pública. Assumiu, então, a direção executiva do grupo empresarial pernambucano João Santos.

Possuía inúmeras condecorações nacionais e internacionais, entre elas a Cruz de Guerra com Palma (França), a Legião de Honra (França), a Grande Oficial Ordem da Coroa (Itália), a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis (Portugal), Legião de Mérito (EUA), Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito Militar, no Mérito Naval, e do Mérito Aeronáutico (Brasil).

Bibliografia

  • ABREU, Luciano Aronne de. O Rio Grande Estadonovista:Interventores e InterventoriasUnisinosSão Leopoldo2005
  • CORDEIRO DE FARIAS, Osvaldo, , Nova Fronteira, 1981.Meio século de combate

Fonte: https://pt.wikipedia.org



 

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